sábado, 2 de julho de 2011

ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA - Atitudes facilitadoras

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Empatia, congruência e aceitação incondicional, são atitudes facilitadoras da Abordagem centrada na Pessoa. Basear-se nestas atitudes é o grande desafio e, ao mesmo tempo, o diferencial do psicólogo que rege sua carreira através da ACP.
Como ser empático em um mundo onde todos estão sempre carregados de egoísmo, frieza e até maldade? Como ser congruente se somos levados à mentira quase todo o tempo de nossa existência? E de que forma podemos aceitar incondicionalmente, se a cada momento nos surpreendemos com os absurdos que o ser humano é capaz de cometer?
Aprendi que, para ser Psicólogo da ACP é necessário antes ser “pessoa da ACP”. Não é uma técnica que se aprende na faculdade, é um jeito de ser. Quem procura esta abordagem, no fundo, carrega em si a sua essência, a crença incondicional no ser humano.
Não estou dizendo que todo psicólogo baseado na Abordagem Centrada na pessoa seja alguém bom e de coração puro. Muito pelo contrário, às vezes nos pegamos com um coração duro, e não aceitamos ou toleramos tudo de errado. Somos humanos acima de tudo.
Eu como profissional e pessoa, me vejo em um turbilhão de dificuldades, tento ver os dois lados de tudo, e é complicado perceber qual o lado certo. As vezes acho que não há lado certo e que o mundo está perdido mesmo, pois se o sofrimento das pessoas é causado pela sociedade e a sociedade está ruim por culpa das pessoas, então vivemos em uma bola de neve que só tende a crescer.
Afinal, de quem é a culpa em relação aos problemas do mundo? Não saberia a resposta, mas acho que se acreditar-mos realmente no potencial das pessoas, poderemos tentar melhorar o mundo.
Sempre carreguei dentro de mim uma tendência grande à empatia. Lembro sempre que todos temos um lado bom e um lado ruim, e de como as vezes, sentimos ódio, raiva, inveja, rancor, e penso que, se todo ser humano sente tudo isso, então aquele,  que teve menos oportunidade de ser amado ou aprender mais sobre a vida, seria realmente capaz de ser cruel, maldoso e frio. Fico sempre em dúvida sobre quem é a verdadeira vítima.
Muitos vão ler isso e me chamar de louca. Talvez eu seja mesmo meio maluca, mas a verdade é que, cada ser é único e carrega sua história, sua essência. É muito fácil ver um ponto de vista apenas, e sei que é difícil colocar-se no lugar do outro quando somos a vítimas ou quando estamos intimamente envolvidos na história. Mas tudo nesta vida tem dois lados, sempre há dois pontos de vista ou vários, e seriamos muito mais justos se fossemos capazes de olhar e avaliar toda situação por vários ângulos.
Com isso não estou tentando proteger ou justificar qualquer ato maldoso, cruel e ilegal. Só gostaria de mostrar que, sempre existe uma história de vida por traz de toda situação, seja ruim ou boa.

 Janaína N. Soares
Psicóloga Centrada na Pessoa