terça-feira, 23 de novembro de 2010

TERAPIA CENTRADA NO CLIENTE

Campo fenomênico
Rogers continua sendo um fenomenologista apesar das mudanças em seus instrumentos de pesquisa. A maneira particular em que cada homem percebe seu mundo pode ser chamada de “campo fenomênico”. Cada pessoa reage ao ambiente de acordo com a maneira que vê seu campo fenomênico, e essa maneira de agir pode ser compatível ou não com a reação do experimentador. Esse campo abrange tanto percepções conscientes como inconscientes, simbólicas ou não, mas o determinante do comportamento são suas percepções simbólicas conscientes, ou as possíveis de simbolização.
Para Rogers existem três tipos de conhecimento: o subjetivo, objetivo e interpessoal. No primeiro, a pessoa conhece algo seguindo suas referências internas. No conhecimento objetivo, a pessoa parte de referências externas,ou seja, observações feitas por outras pessoas. No conhecimento interpessoal a pessoa abre mão de si para conhecer o campo fenomênico do outro, esse é chamado de conhecimento fenomenológico, e representa uma legitima e necessária orientação da ciência psicológica.
Segundo Rogers, a pesquisa em psicologia deve compreender os fenômenos da experiência subjetiva, sendo assim, o material colhido na clínica é a melhor fonte de dados fenomenológicos, e deve ser utilizado para compreender os comportamentos humanos. A psicoterapia é uma experiência subjetiva de fruição e a pesquisa é um esforço objetivo, instrumento de verificação.
Rogers lutou pelo desenvolvimento da psicologia como ciência e para a preservação das pessoas enquanto pessoas, e não como objeto de ciência. Os objetivos da Terapia Centrada no Cliente são:
- Fazer com que a pessoa torne-se mais auto-diretivo;
- Tornar-se menos rígido;
- tornar-se menos sujeito às influências e controles externos;
- Ser capaz de fazer escolhas próprias e de valor;
(Pervin, 1978)
Janaina N. Soares

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