quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Resumo de Artigo: A solidão Humana nos tempos atuais: O olhar da Psicologia



A SOLIDÃO HUMANA NOS TEMPOS ATUAIS: O OLHAR DA PSICOLOGIA
Janaina Nascimento Soares
E-mail: jana25soares@ig.com.br
ORIENTADOR: Prof. Ms. Augusto José C.B.do Prado Fiedler


OBJETIVO
O objetivo desse trabalho é realizar uma pesquisa bibliográfica que encontre dados em relação à solidão vivida nos tempos atuais. Verificar quais são os principais pontos de vista dos autores e pesquisadores da Psicologia em relação a esse tema e como as pessoas vêem e lidam com a solidão. Através de pesquisas baseadas em trabalhos de diversos autores, buscamos apresentar o conceito de solidão, como é experienciada nos tempos atuais; o olhar da psicologia em relação a esse tema, como são construídas as relações sociais na presente geração e em que contexto encontra-se o sentimento de solidão.

TEORIA
Segundo Moreira e Callou (2006), a palavra solidão esta relacionado ao termo “só”, o qual vem do latim solus e tem como significado “desacompanhado”, “solitário” e “único”. Ferraz (2006) mostra em sua pesquisa que o termo solidão vem apresentando várias modificações ao longo da história, essas mudanças estão relacionadas às diversidades de cada época. Segundo a autora: “... a solidão é inerente ao ser humano, desde seus primórdios...”. Ela possui diferentes sentidos que ora tem um caráter positivo, ora negativo, o que varia de acordo com a cultura de cada época.
Sob o ponto de vista de May (1982), a solidão as vezes vêm acompanhada do sentimento de vazio. Com o termo “vazio” o autor refere-se ao sentimento ou sensação de não saber o que se quer ou sente, ou seja, não possuir uma experiência definida de seus próprios desejos e necessidades, fazendo com que um indivíduo sinta-se impotente diante da vida.
O homem atual vive em uma sociedade capitalista a qual se baseia em duas vertentes, a liberdade política e o mercado como regulador das relações econômicas e sociais. O trabalho vem sendo comandado pelo capital, o homem acaba dando mais valor para os objetos e riquezas acumuladas do que para as forças e potencialidades humanas. Esse modo de funcionamento do capitalismo contemporâneo possui grande influencia na estrutura do caráter do homem atual. (Fromm, 1995).
Fromm (1995) diz que a principal resposta necessária para os problemas do ser humano se encontra na realização da unidade interpessoal, ou seja, da fusão com outra pessoa, no amor. O maior anseio do homem esta exatamente nesta fusão, essa é sua paixão mais fundamental, a força que mantém a raça humana unida em família ou em sociedade. A não realização deste desejo significa loucura ou destruição, auto-destruição e também destruição dos outros. O amor se faz então fundamental, sem ele a humanidade não poderia existir. Dessa forma, o amor de si mesmo e aos outros é o melhor antídoto frente ao sentimento de solidão.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um mundo melhor pode ser construído, mas isso ocorrerá apenas quando o homem entender que estar só não significa sua derrota, seu fracasso. As pessoas precisam aprender que, de qualquer forma estão sozinhas, e isso é necessário para seu desenvolvimento. O outro não deixa de existir, não é necessário deixar de partilhar momentos, dividir os pesos da vida, suas alegrias e até sua dor, mas não é no outro que se encontra a liberdade nem a felicidade, ninguém pode dar isso á ninguém, é preciso achar a liberdade dentro de si, buscar respostas que só em nossa mais intima solidão poderá ser encontrada.

REFERÊNCIAS

FERRAZ, K. D.. A Solidão do sujeito contemporâneo: Um olhar clínico. Universidade Luterana do Brasil – ULBRA. Gravataí – SP. Julho, 2006, páginas 1-28. Disponível em: www.bvs-psi.org.br/tcc/15.pdf.

FROMM, E. A arte de Amar. Ed. Itatiaia Limitada. Belo Horizonte – MG. 1995. Tradução: Milton Amado.

MAY, R. O homem à procura de Si mesmo. . 9º Ed. Vozes. Rio de Janeiro – RJ. 1982. Tradução: Áurea Brito Weissenberg.

MOREIRA, V. e CALLOU, V. Fenomenologia da solidão na depressão. Mental, vol.4, no.7, nov. 2006. páginas 67-83.

Artigo por: Janaina Nascimento Soares

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