A arte pode ser entendida como
uma busca do ser humano para representar suas experiências através movimentos
do corpo ou da alma através da dança, poesias, composições musicais, peças
teatrais ou na expressão manual com tintas, argila, sucatas e etc. Lidar com a arte traz como resultado a
construção de conhecimento e desenvolvimento pessoal.
O processo criativo dá ao
individuo a oportunidade de realizar algo novo e único. Os recursos utilizados
na arteterapia trazem simbolicamente, uma nova forma aos problemas, conflitos e
acontecimentos diversos, que são então resignificados através da obra de arte
criada. Quando uma obra toma forma, adquire o poder de proporcionar ao individuo um confronto com
realidades subjetivas que não estão conscientes, mas que aparecem como sintomas
ou comportamentos na vida cotidiana.
O ato de criar ajuda a
desbloquear emoções e sentimentos que antes estavam escondidos, proporciona
liberdade afetiva e emocional, e também dá segurança para lidar melhor com as
situações da vida.
No trabalho de arteterapia não há
criticas a respeito de padrões culturais da obra criada, por isso ajuda a
promover o desenvolvimento psicológico, afinal, tudo que é criado se torna
aceito e é visto como belo aos olhos do criador por ser a expressão de sua alma.
A arte usada como terapia tem como intuito motivar e orientar, além de
estruturar o desenvolvimento do pensamento, ajuda no processo de aprendizagem e
desenvolvimento emocional, que ocorre em todas as fases da vida.
As técnicas expressivas levam o
individuo a comparar influencias externas, a forma criada, com influencias
internas, o sujeito criador. Quando há essa relação entre criador e criatura, a
pessoa se torna capaz de adquirir seus próprios recursos de enfrentamento de
seu estado de confusão, que muitas vezes são fruto de ansiedades, incertezas e
contradições. Desta forma vai aos poucos vivendo um processo interno de
auto-organização.
Enfim, a Arte como terapia ajuda
a proporcionar desenvolvimento racional e irracional ao mesmo tempo,
possibilitando então o equilíbrio da razão, da emoção e o desenvolvimento de
aspectos afetivos e cognitivos. (Urrutigaray, 2011).
Psicóloga e Arteterapeuta Janaina Soares
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