sexta-feira, 9 de junho de 2017

Arte como terapia


A arte pode ser entendida como uma busca do ser humano para representar suas experiências através movimentos do corpo ou da alma através da dança, poesias, composições musicais, peças teatrais ou na expressão manual com tintas, argila, sucatas e etc.  Lidar com a arte traz como resultado a construção de conhecimento e desenvolvimento pessoal.
O processo criativo dá ao individuo a oportunidade de realizar algo novo e único. Os recursos utilizados na arteterapia trazem simbolicamente, uma nova forma aos problemas, conflitos e acontecimentos diversos, que são então resignificados através da obra de arte criada. Quando uma obra toma forma, adquire o poder de  proporcionar ao individuo um confronto com realidades subjetivas que não estão conscientes, mas que aparecem como sintomas ou comportamentos na vida cotidiana.
O ato de criar ajuda a desbloquear emoções e sentimentos que antes estavam escondidos, proporciona liberdade afetiva e emocional, e também dá segurança para lidar melhor com as situações da vida.
No trabalho de arteterapia não há criticas a respeito de padrões culturais da obra criada, por isso ajuda a promover o desenvolvimento psicológico, afinal, tudo que é criado se torna aceito e é visto como belo aos olhos do criador por ser a expressão de sua alma. A arte usada como terapia tem como intuito motivar e orientar, além de estruturar o desenvolvimento do pensamento, ajuda no processo de aprendizagem e desenvolvimento emocional, que ocorre em todas as fases da vida.
As técnicas expressivas levam o individuo a comparar influencias externas, a forma criada, com influencias internas, o sujeito criador. Quando há essa relação entre criador e criatura, a pessoa se torna capaz de adquirir seus próprios recursos de enfrentamento de seu estado de confusão, que muitas vezes são fruto de ansiedades, incertezas e contradições. Desta forma vai aos poucos vivendo um processo interno de auto-organização.
Enfim, a Arte como terapia ajuda a proporcionar desenvolvimento racional e irracional ao mesmo tempo, possibilitando então o equilíbrio da razão, da emoção e o desenvolvimento de aspectos afetivos e cognitivos. (Urrutigaray, 2011).

 Psicóloga e Arteterapeuta Janaina Soares

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